Brasão Episcopal
O brasão episcopal do reverendíssimo bispo Francisco Cézar Fernandes Alves é composto de vários símbolos que sinalizam uma proposta de vida pastoral para o seu ministério episcopal, como discípulo de Jesus Cristo e pastor da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica de Cristo. No centro do brasão encontra-se a Cruz vermelha de São Jorge, padroeiro da Inglaterra, lembrando nossas raízes anglicanas — na histórica Carta Magna da Inglaterra de 1215 já se lia a expressão Ecclesia Anglicana.
No canto superior esquerdo encontram-se Cinco Estrelas Acesas, que representam o Cruzeiro do Sul, “Crux”, recordando que foi no Sul do Brasil que os missionários e missionárias da Igreja Episcopal iniciaram o trabalho de evangelização em terras brasileiras. Esses símbolos retratam a pertença do bispo Cézar à IEAB e, consequentemente, à Comunhão Anglicana.
No canto superior direito localiza-se uma Flor de Lis, um dos mais populares símbolos da Bem-Aventurada Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Já no canto inferior esquerdo há uma Flor de Lírio, símbolo de São José, padroeiro do Ceará; o bispo Cézar é cearense, natural de Quixeramobim, onde recebeu o Sacramento do Santo Batismo aos 7 de dezembro de 1968. Com esses
dois singelos símbolos, ele quer sinalizar a importância de suas raízes: familiar, religiosa e cultural; e é seu desejo, nesse momento significativo de sua vida, honrar suas origens e seus ancestrais.
No canto inferior direito do brasão há a imagem de um Coração, que representa a oração e o desejo do bispo de ser um bom pastor conforme o coração de Deus: compassivo, misericordioso e amoroso para com todas as pessoas clérigas e leigas de sua Diocese. Na mesma direção, aponta o Lema Episcopal: “Com todo o coração, aqui estou, em tuas mãos, Senhor!”, inspirado em Hebreus 10,7 e na Palavra de Vida que recebeu da Serva de Deus Chiara Lubich: “É de todo nosso coração que nós vos seguimos agora, que nós vos reverenciamos, que buscamos vossa face” (Daniel 3,41).
O brasão em formato circular traz a representação de uma Pia Batismal Octogonal, que remete ao oitavo dia, o dia da ressurreição de Cristo — a Páscoa; e o Sacramento da vida nova em Cristo, o Santo Batismo, que nos incorpora definitivamente no Corpo Místico de Cristo — a Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica; e a importância de o bispo, enquanto Guardião da Fé, com as pessoas clérigas e leigas, viver a Aliança Batismal, trabalhar pela unidade da Igreja, buscando a paz e a reconciliação em obediência ao Evangelho de Jesus Cristo, deixando-se conduzir pela Divina Ruah, ventania impetuosa e criativa. “Vem Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz a igreja um novo vigor!”
Já o círculo externo do brasão representa primeiramente a Khupá, a casa de Abraão e Sara, nossos ancestrais na fé. Aberta por todos os lados, a Khupá representa a hospitalidade incondicional e o desejo do bispo Cézar de exercer um episcopado marcado pela reconciliação e plena inclusão de todas as pessoas na vida da Igreja, uma inclusão radical que expressa a ampla catolicidade da Igreja de Cristo. A imagem esférica do brasão também aponta para o nosso amado planeta Terra e o compromisso da Comunhão Anglicana em trabalhar para “salvaguardar a integridade da Criação, sustentar e renovar a vida da terra”.
Ao redor do brasão, na parte superior, estão os símbolos tradicionais do Ministério Episcopal na Santa Igreja Católica de Cristo: a Mitra, o Báculo e a Cruz, que evidenciam o Episcopado Histórico, conforme o Quadrilátero de Lambeth, e manifestam o múnus do bispo, Pastor da Diocese, Guardião da Fé, Pai em Deus, chamado para preservar a unidade e a disciplina da Igreja, e trabalhar dia e noite no ministério da reconciliação em conformidade com o Evangelho, o Rito de Ordenação e Sagração Episcopal do Livro de Oração Comum e os Cânones da Igreja.